Nosocómio da alma

" L'absurdité est surtout le divorce de l'homme et du monde" Albert Camus, L'Étranger

domingo, fevereiro 19, 2006

livros perdidos

Quando tinha onze, doze anos, descobri os romances de aventuras de Emílio Salgari, que em muito contribuíram para que a leitura se tivesse tornado um dos meus grandes prazeres. Comecei então a vasculhar livraria após livraria, em busca de mais e mais títulos. Em vão. Tentei contactar as duas editoras que publicavam as obras de Emílio Salgari em Portugal. Também em vão. Consegui, após muita perseverança, comprar uma trintena de obras do autor, parte substancial dos quais em alfarrabistas, recendendo a mofo e com ar de uma existência sofrida, como suportes de móveis partidos. Para minha sorte, à data existiam ainda as bibliotecas Gulbenkian, e na de Espinho, consegui ainda localizar um razoável acervo de obras.
Passados todos estes anos, continuo com pouca sorte nas minhas obsessões literárias. Num país onde já quase não se lê, as edições ( tirando a literatura "light" e o Saramago que, por razões diversas, não me agradam) são exíguas e desaparecem rapidamente. Assim, em jeito de manifesto, deixo aqui patente alguns dos meus "desejos" literários(limitei-me a autores portugueses) - pode ser que algum editor me leia, e decida proceder a uma reedição.

"Regresso por um rio" - Francisco José Viegas
"Um céu demasiado azul" - Francisco José Viegas
"O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor" - Luiz Pacheco
" A comunidade" - Luiz Pacheco