Os mártires I
Lobo Xavier, na "Quadratura do Círculo", fez uma descrição pungente da precária situação dos deputados : auferem vencimentos miseráveis , encontram-se, a cada fim de mandato, numa situação angustiante, sem saber o que lhes reserva o futuro;para mais, têm de enfrentar agora esta ominosa mania do controlo sobre a sua produtividade, na sequência da (periódica ) constatação de que parte deles nem sequer "pica o ponto". Segundo o ilustre comentador, qualquer dia, só sobram mesmo para deputados os funcionários públicos, entendidos (sic) "num sentido amplo, abrangendo os professores". Fica assim sugerido que há uma casta - funcionários públicos lato sensu ( onde se incluem, segundo tão insigne mestre, os professores) que, mercê da vida desafogada e sem preocupações que tem, pode conjecturar o risco de se submeter a sufrágio e, durante quatro anos ( se a casa não vier abaixo entretanto...), auferir um salário de miséria, ir à manicure durante o horário de expediente, ou alargar qa seu bel-prazer o defeso próprio de épocas festivas. Longe vai o tempo em que a vergonha importava
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