Nosocómio da alma

" L'absurdité est surtout le divorce de l'homme et du monde" Albert Camus, L'Étranger

segunda-feira, setembro 11, 2006

11 de Setembro

A não esquecer

fixações

"Here is fruit for the crows to pluck/For the rain to gather, for the wind to suck/For the sun to rot, for the trees to drop/Here is a strange and bitter crop"
(Lewis Allen/Sonny White)

Há uns tempos atrás, vieram a lume notícias que davam conta de referências a "fruta para dormir", em escutas telefónicas a conversas mantidas por dirigentes do futebol luso. Na pretérita sexta-feira, alguém ligado à "comunicação" de um conhecido clube de futebol, referia que o respectivo presidente não comprava "fruta podre". Eu, que não sou muito dado a futebóis, encontrei nestas referências a solução para os múltiplos problemas que assolam tão nobre actividade - que tal recambiar todos os dirigentes, árbitros, directores executivos e restante "entourage" para o Bolhão ou para o mercado da Ribeira, secção de frutas e legumes polpudos?

domingo, setembro 10, 2006

Mohamed Taha

Mohamed Taha, jornalista sudanês, foi raptado e decapitado esta semana. No ano passado, tinha publicado um artigo onde, baseado em fontes históricas, punha em causa a versão tradicional sobre a linhagem de Maomé. Por causa disso, foi julgado e condenado por blasfémia. Não encontrei qualquer referência ao evento, na imprensa portuguesa. Nada que seja, aliás, digno de espanto - do ponto de vista do relativismo cultural politicamente correcto que por aí grassa, decapitar jornalistas por delito de opinião é, por certo, considerado um fenómeno normal, como as chuvas em Maio ou a geada no inverno.

PS - Imagine-se o que teria acontecido a Dan Brown, se o seu "Código Da Vinci" versasse sobre a família de Maomé...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Poesias

"SEGÚN LOS OJOS

Según quien mire
el futuro puede ser
rosa sensible pálido
celeste limpio azaroso
negro opaco final
rojo urgente intenso
amarillento triste gastado
verde fresco sereno
gris solitario incierto
blanco vacío desnudo
azul eterno único.
Según los ojos
el futuro puede ser
o no. "

(ELIZABETH MOLVER)